Mais uma edição do Exame AMP de residência médica foi realizada neste domingo (02), em Curitiba, com grande sucesso. As provas do tradicional concurso, que já está em seu 24° ano, foram aplicadas na Universidade Positivo e os gabaritos já estão disponíveis no site na Associação Médica do Paraná.

Neste ano, foram 4.173 inscritos, um novo recorde. Eles estão concorrendo a 611 vagas em 45 instituições hospitalares, número que também vem crescendo a cada ano. A coordenação é da Universidade Corporativa da AMP (Ucamp) e o cuidado em todo o processo, desde a elaboração das provas até a divulgação do resultado, é prioridade.

Foram ocupados cinco blocos do campus e adotadas todas as medidas necessárias para a realização do exame, com segurança e bom atendimento aos candidatos, entre elas o transporte das provas por carro-forte e ambulância com médicos a postos no local.

Os portões foram fechados às 13h30 e, em seguida, às 14h, iniciadas as provas. Foram duas modalidades: geral e específica, esta apenas para os que disputam a residência médica em especialidade com pré-requisito. A duração da prova geral foi de quatro horas e 15 minutos e da específica, três horas e 15 minutos.

O presidente da AMP, Dr. José Fernando Macedo, acompanhou de perto a realização do exame, assim como outros membros da diretoria, e salientou o bom resultado, lembrando a seriedade com que é realizado todo o processo, com foco na qualidade, segurança e respeito a todos os candidatos, o que se reflete no número de instituições que conferem essa responsabilidade à Associação Médica do Paraná. “Sempre buscamos a excelência, tanto na organização quanto na qualidade das provas”, concluiu.

Participaram médicos que pretendem cursar o primeiro ano de residência médica em especialidade sem pré-requisito, médicos que pretendem complementar sua formação em especialidade com pré-requisito e também treineiros, ou seja, médicos e acadêmicos de medicina, somente para efeito de treinamento e avaliação de conhecimentos, sem direito a vagas nos programas dos hospitais participantes.

Boa organização em destaque

Os candidatos ouvidos pela AMP foram unânimes em destacar a boa organização do exame. Na opinião de Vitor Rodrigues, foi nota dez. Em busca de vaga para Medicina Intensiva, ele veio de São Paulo capital e avalia o nível de exigência da prova como difícil. “É uma prova que exige muita leitura, pegando nos detalhes. Portanto, é necessária muita atenção do começo ao fim”, afirmou.

A opinião é compartilhada por Marina Sanches Carvalho, que concorre para Clínica Médica, e Nathaly Trento Machado, para Radiologia, ambas de Cascavel. “O exame AMP é uma das provas mais difíceis, especialmente pelas longas questões”, disseram, sugerindo, para os próximos anos, que o tempo concedido seja um pouco maior. A mesma sugestão foi feita por Maria Eduarda Marafon, de Cascavel (PR), concorrente para Ginecologia e Obstetrícia, e Maria Eduarda Fontana Vasselai, de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, que pleiteia Psiquiatria. Elas destacaram a qualidade da prova, bem feita, mas ponderaram que a ampliação do tempo seria benéfica aos candidatos.

Para Roberto Mendes e Rodrigo Haber, vindos da cidade de Marília, em São Paulo, onde estão concluindo o curso de Medicina, o grau de dificuldade é um diferencial da AMP em relação a outras provas de residência médica. Eles são candidatos a vagas em Cirurgia Geral e Ortopedia, respectivamente, e também consideraram o exame bem organizado.

Maria Lucia Miranda, do município de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, elogiou tanto a organização, quanto a qualidade da prova. “Está entre as mais difíceis do sul do Brasil”, avaliou ela, candidata para Pediatria.  Para Maria Eduarda Gomes, concorrente para Psiquiatria, da cidade paranaense de Guarapuava, o exame da AMP é diferente dos demais e historicamente considerado difícil. “Mas, estudei bastante e estou confiante”, pontuou, também qualificando positivamente a organização e os blocos onde foram realizadas as provas como bem sinalizados.

Vindo de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, Manoel de Almeida Lima, que já tinha prestado o exame do ano passado e busca vaga em Medicina Intensiva, já tendo feito três outras provas neste ano, considerou esta a mais difícil. “Quanto à organização, não tem o que falar. Bem sinalizado, com fiscais prestando todas as informações”, declarou.

Leonardo Bigarelli, que pretende se especializar em Anestesiologia, igualmente salientou a dificuldade da prova e afirmou que a organização estava ainda melhor do que nos anos anteriores, o que corrobora a constante busca da AMP pelo aprimoramento ao longo do processo.

Entre os demais candidatos que prestaram declarações, duas médicas vindas de locais ainda mais distantes: Letícia Ramos, do Estado de Goiás, que avaliou o exame como bem organizado, comparativamente a outros que já fez, e Luana Asano, do Estado de Rondônia, atualmente trabalhando em Maringá (PR). “Toda a aplicação da prova foi excelente, assim como a organização”, mencionou. Elas concorrem respectivamente a Cirurgia Geral e Pediatria.

Recursos e resultado

Os candidatos têm até as 14h desta terça-feira (04), para a apresentação de recursos, que deverão ser encaminhados à AMP/Ucamp, por meio de requerimentos devidamente fundamentados, com as questões recorridas inseridas em páginas individuais, em arquivo que deverá constar o tipo de prova realizada pelo candidato (prova geral ou prova específica). Uma vez julgados, serão emitidos gabaritos e escores oficiais, contra os quais não caberão novos recursos.

O resultado sairá até o dia 27 de novembro, encerrando a primeira fase do Programa de Residência Médica 2025. A segunda fase, composta de análise de currículo e/ou prova prática, ficará a cargo de cada Coreme.
Os gabaritos podem ser acessados neste link: https://ucamp.org.br/residencia-medica/510
 

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