A edição 391 da Revista Superinteressante publicou reportagem intitulada “Erro médico” e abordou o tema de modo alarmista e irresponsável. Considerando o desinvestimento, sucateamento e as deficiências de infraestrutura na assistência no país principalmente na rede pública e no campo da formação de profissionais da área, médicos ou não, trata-se de um assunto que deve ser analisado com cautela. 
 
A Associação Médica do Paraná (AMP), a exemplo de outras entidades representativas da classe como os Conselhos Federais e Regionais de Medicina, lamenta o tom empregado na elaboração da reportagem. A equipe de reportagem da revista Superinteressante cometeu um equívoco ao tratar casos específicos como se fossem a regra, gerando impacto negativo na relação médico-paciente, a qual deve ser pautada pela ética, confiança e respeito à autonomia. 
 
No entendimento das entidades médicas avanços concretos no atendimento em saúde no Brasil serão possíveis apenas mediante a adoção de um conjunto de ações, o que inclui a adequada capacitação das equipes de assistência e a qualificação da rede pública e privada, além do aumento de investimentos, a valorização de profissionais, o aperfeiçoamento da gestão e a criação de mecanismos eficazes de avaliação, monitoramento e controle. 
 
A matéria deveria falar e enaltecer o trabalho de abnegados profissionais que trabalham sem condições, por todo o país, no atendimento de milhões de pacientes devolvendo-lhes o maior bem de todos nós - SAÚDE.
 
Reiteremos o protesto dos médicos contra a generalização inadequada com a qual foi tratado o assunto.