Entre os dias 6 e 24 de agosto será realizada a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite. O Ministério da Saúde reforçou a importância da imunização após a identificação de casos na Venezuela e alertou estados e municípios sobre a importância de alcançar e manter cobertura maior ou igual a 95%. Ainda de acordo com o MS todos os casos de paralisia flácida aguda que apresentem início súbito em menores de 15 anos devem ser notificados e investigados.
 
Em nota o ministério informou que hoje a cobertura vacinal contra a doença no Brasil é de 77%. “O Ministério da Saúde ressalta que a vacinação é de extrema importância para manter o país livre da circulação de poliovírus, tanto nas ações de rotina como na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite”, destacou o comunicado.
 
Três doses injetáveis aos dois, quatro e seus meses de vida e doses orais aos 15 meses e 4 anos compõem o esquema vacinal da poliomielite. O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem no Brasil foi há quase 30 anos, em 1989. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) três países ainda são considerados endêmicos para a doença: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.
 
Também conhecida como paralisia infantil a poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida de início súbito. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa sendo a forma mais frequente a via fecal-oral. Ocorre ainda por meio de objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Outra forma de transmissão é via oral-oral, através de gotículas de secreções ao falar, tossir ou respirar.
 
Por não existir tratamento específico as vítimas de contágio precisam ser hospitalizadas. A única forma de prevenção da doença é a vacina, que deve ser aplicada em todas as crianças antes dos 5 anos de idade.
 
Foto: Tomaz Silva/Arquivo Agência Brasil