A Associação Médica do Paraná, o Conselho Regional de Mediciana do Paraná, a Associação Médica do Rio Grande do Sul e o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul enviaram, nesta segunda-feira, ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, solicitando a revisão da política de imunicação contra a influenza para os Estados do Sul do Brasil. As entidades cobram uma vacinação antecipada e universal no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estados em que foram registrados mais da metade dos casos de infecção pelo vírus H1N1 e dos óbitos em consequência dele no país.
As entidades lembram que o clima prolongadamente mais frio no Sul do país favorece a replicação do vírus mostram que, neste ano, até o mês de julho, foram registrados 2.966 casos nos três estados do Sul, 51,4% de todos os casos do país, com 55 óbitos, sendo 51 por Influenza A, enquanto na segunda região mais atingida, Sudeste, foram 25 mortes. As entidade lembram ainda que, em 2009, na pandemia da H1N1, 74,2% dos casos da doença ocorreram no sul do Brasil.
As entidades também apresentaram dados sobre a frequência de óbitos pela doença em 2009 e neste ano, mostrando que, a política de vacinação apenas para grupo considerado de risco (crianças, idosos, gestantes e trabalhadores na área da saúde) gerou uma grande quantidade de mortes nas faixas que não tiveram direito à vacinação gratuita. No Paraná, 85% das mortes forma de pessoas entre 10 e 59 anos de idade, sendo 59,5% entre os 20 e 49.
Com esses dados, as entidades médicas solicitam que, a partir de 2013, o Ministério da Saúde realizae uma campanha de vacinação antecipada e imunize todos os habitantes dos estados do Sul contra a Influenza.