Ao analisar a pesquisa que mostra o crescimento de 21,3% no número de médicos do país na última década, o presidente da Associação Médica do Paraná, João Carlos Baracho lembrou que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de um médico para cada mil habitantes, estando, o Brasil acima desse índice. “Mas ainda há o problema da distribuição. Se falta médicos em algumas regiões, é porque há centros com um médico para cada 200, 300 habitantes. O problema é que são nesses mesmos centros que são autorizadas a criação de novas escolas ou novas vagas em medicina, só aumentando essa desproporção”, comentou, citando estar havendo um aumento aleatório de vagas em medicina, sem nenhum critério social. “Além disso, as instituições estão voltadas sempre a formar especialistas, que vão depender de uma tecnologia que só existe nos grandes centros para desempenhar seu trabalho. Não está se formando médicos generalistas, capacitados para atender no Sistema Único de Saúde, no Programa Saúde da Família, ou, às vezes, ser o único médico de um povoado”, disse.

Para Baracho, esse problema é consequência da desvalorização do SUS. “Ninguém quer seguir carreira no SUS. Não é a opção real de trabalho de nenhum médico. É um degrau. As prefeituras não seguram seus profissionais por mais de dois anos”, disse.

O presidente da AMP ainda apontou um outro grave gargalo da formação médica no país: a carência de vagas em residência médica. “Só 38% dos médicos que se formam conseguem vaga de residência. É necessária essa proporcionalidade entre as vagas acadêmicas e as vagas de residência. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem isso. Mas é insuficiente, pois, por conta da carência de vagas em outros locais, as vagas na UEM são alvo de uma concorrência nacional”, explicou, dizendo que na Conferência Estadual de Saúde, em outubro, o Ministério da Saúde sinalizou a intenção de criar mais 4 mil vagas em residência médica.

 

 

Ao analisar a pesquisa que mostra o crescimento de 21,3% no número de médicos do país na última década, o presidente da Associação Médica do Paraná, João Carlos Baracho lembrou que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de um médico para cada mil habitantes, estando, o Brasil acima desse índice. “Mas ainda há o problema da distribuição. Se falta médicos em algumas regiões, é porque há centros com um médico para cada 200, 300 habitantes. O problema é que são nesses mesmos centros que são autorizadas a criação de novas escolas ou novas vagas em medicina, só aumentando essa desproporção”, comentou, citando estar havendo um aumento aleatório de vagas em medicina, sem nenhum critério social. “Além disso, as instituições estão voltadas sempre a formar especialistas, que vão depender de uma tecnologia que só existe nos grandes centros para desempenhar seu trabalho. Não está se formando médicos generalistas, capacitados para atender no Sistema Único de Saúde, no Programa Saúde da Família, ou, às vezes, ser o único médico de um povoado”, disse.

Para Baracho, esse problema é consequência da desvalorização do SUS. “Ninguém quer seguir carreira no SUS. Não é a opção real de trabalho de nenhum médico. É um degrau. As prefeituras não seguram seus profissionais por mais de dois anos”, disse.

O presidente da AMP ainda apontou um outro grave gargalo da formação médica no país: a carência de vagas em residência médica. “Só 38% dos médicos que se formam conseguem vaga de residência. É necessária essa proporcionalidade entre as vagas acadêmicas e as vagas de residência. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem isso. Mas é insuficiente, pois, por conta da carência de vagas em outros locais, as vagas na UEM são alvo de uma concorrência nacional”, explicou, dizendo que na Conferência Estadual de Saúde, em outubro, o Ministério da Saúde sinalizou a intenção de criar mais 4 mil vagas em residência médica.

 

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