O estudo Demografia Médica no Brasil – 2018 revela que 40% das vagas autorizadas para programas de Residência Médica (RM) no Brasil estão ociosas. A pesquisa foi desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
 
A conclusão do estudo é de que esse alto percentual materializa a distância entre a capacidade potencial ou pretendida e o que é possível realizar com as condições oferecidas. De acordo com os dados em 2017 foram preenchidas apenas 35.178 vagas de um total de autorizações que chega a 58.077, uma diferença de 22.899 vagas que não foram ocupadas entre as permitidas pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
 
O presidente do CFM, Carlos Vital, tem demonstrado grande preocupação com os problemas que afetam a formação de especialistas. “Sob o risco de sérios prejuízos ao processo de formação de médicos especialistas, essenciais ao sistema de saúde brasileiro, é preciso compreender melhor e superar os vários obstáculos que impedem a qualificação e o pleno preenchimento de vagas de Residência Médica”, alerta Vital.
 
De acordo com o censo realizado pela Demografia Médica, em 2017 o Brasil tinha 35.187 médicos cursando RM em 6.574 programas de 790 instituições credenciadas. O estudo concluiu que os problemas que levam à ociosidade das vagas incluem problemas como a desistência de candidatos selecionados; falhas no registro de dados sobre a ocupação de vagas; menor demanda em relação à oferta ampliada em determinadas especialidades (mais vagas do que candidatos); desinteresse dos egressos por programas de pouca tradição e as dificuldades ou atrasos de financiamento de bolsas. 

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